Quem sou eu...???

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Quem sou eu? Uma mulher incomum. A luz e o breu Exótica e comum. Sim, isso é possível Sou oscilante... As vezes erro, em outras sou incrível Eterna inconstante... Amo infinitamente Apaixono-me, enlouqueço De corpo, alma e mente Que até de mim eu esqueço. Meus olhos são um poço infinito De amor, encantamento, bondade Olhe-os por um minuto E verás toda verdade. Eu não sou perfeita Nem dona da verdade Mas sou dona de mim Dona das minhas vontades. Só espalho minha essência no ar Meu amor, meus desejos.. Escrevo o que minha alma grita Goste quem gostar. Eu sou alguém que você pode contar Sempre. Alguém que vai te fazer rir E também chorar... Porque sou transparente Sou verdadeira Amiga, amante Guerreira. Te darei a mão Colo Abraço Te darei meu coração... Eu não sei amar pouco Ser pouco Dar pouco Ser mulher pouco. Sou uma mulher que se conhece e se permite Alguém que ousa e arrisca Uma mulher que ri, chora, ama... Alguém sem medo de ser feliz! Texto de: Carolina Salcides

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pensamentos imperfeitos

“Onde que começa isso tudo?”, eu me pergunto, a cada vez que minha cabeça começa a formar raciocínios que podem compor um bom texto. Não estou procurando um texto. Às vezes me parece que eles me procuram, mas não consigo mais colocá-los para fora, me fazer entender, nem para mim mesma. Pela lógica das coisas, se entram muitas palavras, devem sair tantas quanto, mas não acontece. Decidi escrever ao acaso para ver no que dá.
Me olho no espelho, mas não me encaro. Eu sei que tô ficando velha =/, mas não é o medo de encontrar rugas que me impede de me olhar nos olhos. É que toda vez que faço isso vejo a mesma coisa, algo que estacionou lá em algum lugar. Então eu olho pra tudo no meu rosto, menos os meus olhos, mas ainda sei responder com muita convicção. Em pleno inferno astral me peguei tentando olhar cada detalhe do meu rosto, talvez eu tenha tomado consciêcia de uma frase que eu mesma coloquei , “estou mais próxima dos 30 que dos 20 agora”, e decidi prestar atenção em tudo pra não perder nenhum detalhe. Afinal, há a nítida sensação de que a vida passa e eu continuo preferindo viver de sonhos, idéias, ao invés de fazê-la se mover.
 
Olhei, enfim. Na minha cabeça só veio um “hã?”, e nada mais. Incrível, como olho pras pessoas e consigo captar o que há de mais inimaginável, mas de mim só arranco um “?” disfarçado.
 
Saio da frente do espelho. Me pergunto por que eu ainda não fiz nada pra mudar?  e me lembro de vários dias sem fazer nada, a falta de iniciativa, ou pelo excesso de sonhos sem prática. “meu Deus, que pessoa pessimista”, devem pensar os mais desavisados. Nada disso. Concluo isso a cada vez que percebo que falta algo na minha vida, e me recolho num momento de hibernação para traçar a nova estratégia. É como se me dissesse “tá, já consegui algumas metas anteriores, já me livrei de antigos problemas...o que vai mover a vida agora?”. Rá! viu como no fundo é mais otimismo que raiva de uma vida sem emoções? (hum...convenci?)
Escrevo metas. Um Plano de Metas, plagiando algum capítulo da nossa história, mas que logicamente não vai resultar na construção de nenhuma capital, mas poderia objetivar crescer 5 anos em 5 meses, por exemplo. Penso em coisas que gostaria de fazer, outras que necessariamente tenho que fazer. Rabisco aquisições (sim,sapatos, por que não?), atividades que desejo retomar, e marco consultas. Esbarro em questões que independem de mim, mas vejo que não é sempre que eu não posso mudar nada.
 
E daí?

Sonho mais acordada que dormindo. Na verdade descobri que não durmo, parece que minha atividade cerebral não diminui durante a noite. Beleza, descobri mais um médico que preciso visitar. Começo a tomar calmantes pra dormir, ciente de que estou apenas mascarando a situação, mas não posso ficar sem dormir, tenho que trabalhar (o trabalho é o foco do momento, caso não tenha ficado muito claro). A idéia de que preciso de algo que canalize minhas energias durante o dia se reforça, mas caio doente e não consigo correr atrás disso, mais uma vez. Lembro que no meu último plano de metas revi a forma como tratava as pessoas, pois poderia não estar sendo quem sou. Não sei, francamente, se teve efeito. Nunca vão parar de me rotular como mau-humorada e impaciente, mas desejo que as pessoas recém-chegadas na minha vida tenham uma visão mais leve. Ouvir “de personalidade forte”, mas preferível face ao famoso “tolerância zero”.
Fazendo uma breve retrospectiva: quando criança, sonhava ser uma paquita, Xuxa, Barbie, atriz. Daqui a pouco estava eu sonhando ser uma Spice Girl ou um X-men. Melhor parar antes que vire patológico.
Hoje eu sonho com coisas paupáveis (embora ainda ache a idéia do X-men super atrativa), reviravolta de situações reais, eu dizendo umas verdades na cara de alguém (teria uma lista imensa pra isso), tendo a chance de me redimir de algo ou ainda realizando algo super importante (humm..teletransporte...)
Não consigo pensar
em nada. Não posso me dar ao direito de responder isso, até por que se fosse o caso, as pessoas odeiam franqueza, pessimismos, então apenas digo que estou sem idéias. O que é verdade, só ausência de idéias, talvez também de tempo (óbvio). Melhor parar, quem sabe com o fim do inferno astral eu melhore a visão sobre essas coisas.
Então penso na maquiagem de humor que eu vou usar quando as pessoas começarem a aparecer por aqui.
Sinto vontade de deitar e dormir, mas temo que a minha insônia só piore o desfecho do dia. Não sei como consigo oscilar entre tantos altos e baixos, de tantas naturezas diferentes. Me vejo em uma imensa onda depressora. No fundo é uma guerra pessoal, fria, no sentido literal e histórico, em que mesmo que eu pudesse recrutar soldados pra lutar seria inútil. Desejo informações, saber, conhecer, coisas, fatos e pessoas, a mim mesma. Este último não vou encontrar em nenhuma enciclopédia (espero mesmo que não, vai que a explicação está em algum livro de psicanálise?) Tô fora. Assim como o Google um dia mata quem procura sobre doenças, a psicanálise faz um gráfico de pizza definindo a sociedade como dividida entre depressivos, psicopatas, e é claro, bipolares). Vou em frente e faço acontecer, ponto pra mim!!!

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